24 horas depois
O Martim diz que foi um ato de bravura. Não sei. Acho que apenas deixei fluir. Sempre que me livro da sufocante racionalidade, o universo parece conspirar a favor dos meus desejos. E foi assim que pude entregar o CD do nosso amigo Mario ao Jorge Drexler. Movida pelo impulso.
Foram poucos segundos. Não sei como cheguei à beira do palco no momento dos aplausos. Mas de repente eu estava lá, vendo o sorriso dele em minha direção. Dois beijos carinhosos, um "gracias" abafado pelas palmas e pronto, as oito faixas compostas por um chileno de Valparaíso estavam nas mãos de um uruguaio de Montevidéu.
Um dia depois, as lembranças que tenho são minhas mãos geladas, as pernas trêmulas e o forte abraço do Martim. Ele sabia o quanto aquilo foi difícil para mim. Sabia o quanto aquela noite era importante para nós.
Sobre o show
É verdade, sou um pouco suspeita para falar sobre a apresentação do Jorge Drexler. Em vez de me desmanchar aqui, tentarei (juro) ser concisa.
Para finalizar, reproduzo uma frase dela numa matéria que saiu na Folha:
"Eu sou uma pessoa que sempre sentiu saudades na vida. Deixei o Uruguai há muitos anos para viver na Espanha, voltei, depois continuei viajando muito. Estou sempre longe de alguém querido. Isso vai estar sempre na minha música."
Deu para entender porque ele é a minha inspiração neste blog?
2 Comentários:
Estou emocionada até agora, foi muito, muito lindo! E adorei revê-los! Besotes!
Também adoramos te rever, Aninha.
Beijos
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