quarta-feira, 11 de junho de 2008

A Tempestade

Madredeus
Letra e música de Carlos Maria Trindade

A grande nuvem escura vai-se embora
dissolve-se a loucura da tormenta
a maré recua agora plana e lenta
as gaivotas largam terra sem demora

Sobrevoam sem ruído o seu rochedo
de tanta vaga e espuma já dormente
enquanto o sol que brilha novamente
lá beija a areia toda já sem medo

Fui ver
Fui ver
a tempestade
vim a correr

Fui ver
Fui ver
a tempestade
vim-te dizer

Destroços de madeira na corrente
deixam ver o que em tempos foi uma proa
pintada de carinho e muitas côres
ao estilo desta nossa boa gente

Fica o drama dos que esperam na falésia
por quem Deus já destinou à eternidade
e é lição que contra Deus não há vontade
fica a fúria calma da grande saudade.

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